domingo, 27 de maio de 2012

Capítulo IV - Usando a Criatividade

Mais um capítulo do livro Vivendo Bem com o que Você tem está disponível abaixo para os leitores do Aguiar Author. É o quarto capítulo da primeira parte do livro, que estimula o indivíduo a viver bem, com criatividade.
Boa leitura!
Adriana Aguiar Ribeiro
"Para toda falta de dinheiro devemos usar a criatividade. Ao máximo, até esgotá-la. Isto pode nos proporcionar melhor qualidade de vida.
Costumo ouvir muitas pessoas reclamando que poderiam viver melhor, mas o que as impede é a falta de dinheiro. Que a falta de cultura, lazer, qualidade de vida, é fruto da falta de recursos financeiros. Na maioria das vezes essas são as desculpas que usamos para não vivermos a vida plenamente. Dá para viver melhor, se formos mais criativos.

Como? Dou abaixo alguns exemplos de como podemos utilizar a criatividade em prol de nosso bem estar:
  • Se tiver acesso à internet, posso procurar um jornal eletrônico para me informar das últimas notícias, deixando de comprar jornais diariamente;
  • Se não posso assinar uma TV a cabo, posso procurar uma locadora que me ofereça opções de bons filmes para me distrair quando tiver tempo livre. Mas vá com cuidado! Quantas vezes locamos três filmes para um final de semana, quando mal conseguimos assistir a um? Dinheiro jogado fora, com certeza;
  • Existem boas programações culturais que são grátis. Existem boas bibliotecas com livros ótimos, novos, ‘best-sellers’. Procure pelo centro cultural de sua cidade, fique atento aos eventos proporcionados pelas prefeituras, SESC, SESI, ONGS, etc. Existem programas com aulas de balé, esporte para crianças e adultos, dentre várias atividades. Alguns cobram pequenas taxas e outros são gratuitos;
  • Praia é grátis. Cachoeira também. Se estiver apertado para comprar alguma coisa por lá, nada como um bom sanduíche, água para matar a sede, tudo levado de casa. Mas se o seu orçamento permitir, nada impede você de comer por lá mesmo, em algum restaurante, lanchonete ou outras opções. A ideia principal é que não devemos deixar de nos divertir enquanto nos lastimamos pela falta de dinheiro;
  • Na hora de receber amigos em casa, também podemos economizar sem perder o charme. Se os amigos são íntimos o suficiente, nada como aceitar a contribuição das bebidas. Ou uma sobremesa. Na elaboração dos pratos, podemos utilizar o que temos na dispensa, usando ao máximo a criatividade. Tenho uma amiga que faz delícias com pães de forma. Na verdade, por mais que ela diga que é tudo muito fácil, não consigo imitá-la com perfeição. Se ela tem um pouco de bacalhau na geladeira, consegue imprimir sofisticação a esses pratos. Mas quando o recheio é de frango desfiado, esta receita não perde em nada o seu glamour. Eu me esmero nas sopas. Sirvo com torradinhas feitas de pães dormidos. Da nata que extraio do leite depois de fervido, acrescento sal, bato e o resultado é uma saborosa manteiga caseira. Uma sopa bem temperada, com torradas frescas e manteiga caseira, pode ser a vedete de qualquer recepção informal bem-sucedida. Sem gastar muito. Hoje em dia, não faltam receitas econômicas, que andam de mãos dadas com as necessidades de racionamento que o mundo nos impõe.
Uma boa recordação que tenho da infância são os piqueniques preparados pela minha mãe que, junto aos meus irmãos, degustava à sombra de uma frondosa árvore, no campinho de futebol que ficava no fim da rua onde morávamos. Ali nos sentávamos sobre uma grande toalha de mesa para comer, conversar, rir e aproveitar a vida.
E assim, acredito que cresci forte e saudável. A falta de dinheiro não me diminuiu ou me privou de ser feliz.
Hoje, percebo que a opção pela economia não é mais uma questão de necessidade individual. Atualmente é uma questão de necessidade do planeta. A falta de recursos não é mais responsabilidade do indivíduo. É uma questão de responsabilidade da humanidade."

“A criatividade anda junto com a falta de grana.”
Arthur da Távola

sábado, 26 de maio de 2012

Em defesa do escritor brasileiro

Desde os mais antigos tempos existiram aptidões entre as pessoas. E, na maioria das vezes, essas aptidões manifestaram-se como necessidades da alma. Uns cantam, outros pintam, outros encenam, outros dedicam-se com afinco a um esporte e, entre tantas aptidões, existem os que escrevem. O homem, como um ser racional, expressa seus sentimentos, da melhor forma, através de sua arte. 

Certa vez ouvi uma pessoa falando que, hoje em dia, qualquer um escreve um livro. Não sei se a pessoa queria ser mais exata dizendo que, hoje em dia, qualquer um publica um livro.  Mesmo que fosse isso, ainda assim, a pessoa não foi feliz em sua afirmativa. 
Desde que o mundo é mundo, existem aqueles que, no âmago de suas vidas, guardaram na gaveta seus escritos, seu livro pronto. Nunca enviado a uma editora, ou a qualquer um que pudesse incentivar a publicação de um livro. Talvez, por timidez, falta de confiança no seu trabalho, ou outro motivo qualquer.
O que acontece nos dias atuais é que, dentre milhões de habitantes, o percentual dos que escrevem é muito maior, se comparado com as estatísticas demográficas de anos atrás. Como as editoras não abrem espaço para todos os talentos, surgiram as editoras que comercializam a edição, por um preço determinado. É o preço do mundo capitalista. Surgiram também as edições digitais, que facilitam a visibilidade das publicações. Assim, atualmente, muito mais escritores são visíveis no mercado.
Mas, isso não quer dizer que, hoje em dia, qualquer um escreve um livro. Nem mesmo que, qualquer um publica um livro. Para se escrever um livro publicável, tem que ter talento, coragem e persistência. Pois as editoras, mesmo as pagas, tem um selo a zelar. E, como qualquer editora, fazem a análise do que será publicado e aceitam ou rejeitam, dependendo da qualidade do escrito. Editoras não são meras gráficas. Escrever um livro com começo, meio e fim, com assuntos que interessem a algumas centenas ou milhares de pessoas, é tarefa para corajosos e persistentes. E é necessária mais coragem ainda, para se escrever em um país onde o desinteresse pela leitura atinge 77 milhões de habitantes, e os 95 milhões de leitores existentes leem uma média de 1,3 livros ao ano. Até a Colômbia lê mais que o Brasil. Isso somado ao fato de que, as editoras brasileiras não valorizam o escritor nacional.
Quem se interessou por esta matéria, se interessará também por: Para publicar é preciso coragem e sorte! , da escritora Bruna Longobucco.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

14/05/12

Promo Adriana Aguiar Ribeiro

Saiu o resultado da Promo do blog do escritor Sérgio Carmach com sorteio dos livros Puny em Alto-Mar e Vivendo bem com o que você tem. Para conhecer o resultado entre no blog do escritor clicando em http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2012/04/promo-adriana-aguiar-ribeiro.html.

Agradeço ao Sérgio por esta divulgação!!

O sorteio de dois livros da autora já foi realizado
Olá, amigos!
O blog atingiu 730 seguidores e, conforme prometido, realizamos o sorteio de dois livros da autora Adriana Aguiar Ribeiro: Puny em Alto-mar (Ed. Litteris) e Vivendo Bem com o que Você Tem (Ed. Scortecci). Assista ao vídeo e veja quem levou os livros!

Se você comentou aqui e participou, confira seu número:

1- Ariana
2- diegordss
3- Paty Algayer
4- Cármen Machado
5- Cristiano Tetté
6- *Sa*
7- Leonardo
8- Cris Aragão
9- Magiasbook
10- Maíra Souza
11- JackieNBispo
12- Ana Carolina
13- ELLIANE RAMOS
14- RUDYNALVA
15- Fabrica dos Convites
16- Nardonio
17- Cristiane Oliveira
18- Luiza Ferreira Gomes
19- MayBoniolo
20- Dobruskii
21- Ju
22- LennyNieth
23- Lu Guimarães
24- Sw e Su
25- Dani

Valorizem o escritor brasileiro!
Um grande abraço!

Vivendo sua realidade - Capítulo III

Disponibilizo neste site mais um capítulo do livro Vivendo Bem com o que Você tem. É o terceiro capítulo da primeira parte do livro: Vivendo sua realidade. Espero que o leitor tire algum proveito do texto.
Boa leitura!

"Antes de tudo, precisamos ganhar dinheiro para moradia e alimentação. Isso é básico. Todos nós queremos crescer e melhorar. Este deve ser o objetivo da maioria das pessoas, mas, nem sempre é a realidade de todos. Alguns ganham mais, outros menos, e outros, muito pouco. Alguns têm rendas fixas, ou variáveis e outros, desempregados, vivem com pequenas reservas e até com ajuda de terceiros. No entanto, a lógica a ser adotada por qualquer um deve ser a de não gastar mais do que se ganha. E, se ganhamos pouco, devemos então, gastar menos ainda. É o princípio do controle. E o objetivo de vida ideal é o seguinte:

VIVER DENTRO DA SUA REALIDADE

Não adianta cedermos àquele pensamento que diz: - Ah, de que adianta gastar um pouquinho mais ou um pouquinho menos, se já estou na pior?
SIM, adianta manter o controle em QUALQUER situação. Se perdermos o controle de nossas contas, pode ser muito mais difícil retomarmos as rédeas de nossa vida financeira.
O mesmo vale para uma dieta. Ganho cinco quilos extras e estou sempre pensando em fazer uma dieta. Como nunca começo e vou ganhando quilos extras ao longo do tempo, penso: - Que diferença faz um quilo a mais ou outro a menos?
Digo que faz diferença: quanto mais peso ganharmos, maior será o sacrifício para recuperarmos nosso peso ideal. Quanto mais perdermos o controle de nossas contas, mais árdua será a retomada do nosso equilíbrio financeiro.
Vamos partir do princípio de que você ganha muito pouco. Deverá então fazer um orçamento contemplando as contas básicas para a sua sobrevivência. Essas contas são despesas com moradia, como água, luz, aluguel, condomínio, impostos, despesas com alimentação e outras realmente necessárias. Acredito que TV por assinatura não é necessidade. Roupas novas não são necessidades. Assinaturas de jornais e revistas não são necessidades. Jantares em restaurantes não são necessidades. E por aí vai. Então me perguntam: devo viver como um miserável? Não. Devo viver dentro da minha realidade. E devo buscar sempre melhorar a minha realidade através do trabalho, do crescimento profissional e pessoal, dos estudos, concursos, enfim, através do meu esforço e aperfeiçoamento contínuo."

Este capítulo pode ser lido no livro Vivendo Bem com o que você tem, de Adriana Aguiar Ribeiro.







 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Capítulo II - Ter ou Ser

Disponibilizo hoje para todos, o segundo capítulo do livro Vivendo Bem com o que você tem.
Boa leitura!

“Quando a última árvore for abatida, quando o último rio for envenenado, quando o último peixe for capturado, somente então nos daremos conta de que não se pode comer dinheiro”De um indígena norte-americano

Estamos vivendo um período de intensa insatisfação, gerada pela cultura capitalista que desvia o indivíduo de sua condição de SER, para a condição de TER. Muitas vezes nos sentimos desvalorizados pelo que SOMOS, pois achamos que não TEMOS o suficiente. É um grande erro do ser humano. Se nossa própria nomenclatura diz “SER” humano, bens materiais nunca conseguirão satisfazer as nossas ambições.
Como vamos lidar com esta tendência atual, depende estritamente de cada um de nós. De nossos valores, do nosso próprio crescimento. Se cultivarmos uma vida superficial e materialista, certamente seremos levados a acreditar que valemos pelo que temos. Se, ao contrário, aprofundarmos nossos conhecimentos – tanto culturais como da alma, do espírito – estreitarmos nossos relacionamentos interpessoais e valorizarmos nosso eu, com todas as qualidades e defeitos, estaremos focando no SER. E não precisamos ser mestres em coisa alguma para saber que o SER não acaba, não se extingue, não diminui, enquanto vivo. O SER sempre cresce, aumenta, amadurece. À medida que o TER é perecível, suscetível ao mau tempo, às guerras, às oscilações econômicas, etc.
Daí a importância de nossa consciência de que valemos de verdade pelo que somos e não pelo que temos.
Há muitos anos, ouvi uma história de um polonês, naturalizado norte-americano, que passava uma semana de férias como hóspede de uma pequena pousada que tive no Farol de São Tomé. Sua história retrata exatamente o que disse sobre o SER e o TER:
Joseph era de descendência judia e contou que sua mãe, Rachel, perseguida pelos nazistas no período da Segunda Guerra Mundial, precisou abandonar a Alemanha, seu país de origem. Saiu às pressas de casa, sem nenhum bem material, carregando apenas seus três filhos, sua verdadeira riqueza. Na época,  todos com menos de dez anos. Chegou aos Estados Unidos sem nenhum dinheiro, com três crianças famintas e muita vontade de sobreviver. Sua única bagagem era a experiência que tinha nos negócios da família, com grandes lojas comerciais e terras, tudo deixado na Alemanha. Devido a sua extrema força de vontade, Rachel logo arrumou trabalho, aprendeu com facilidade o idioma inglês, já que tinha algum conhecimento prévio da língua e em poucos anos estava abrindo seu negócio próprio. Sua maior preocupação era que os filhos estudassem, aprendessem inglês como se fossem nativos e tivessem uma profissão.
Quando conheci Joseph, ele era escritor e professor de uma universidade da Califórnia. Levava uma vida simples e satisfatória. Estava de férias na América do Sul aprendendo mais sobre o nosso povo e escrevendo um livro sobre diversidades culturais. E a mensagem que Joseph me passou através de frases e gestos, a qual nunca esquecerei, foi a seguinte:
- Minha mãe sempre fez questão de que estudássemos muito, pois sua experiência de vida mostrou que o que levamos aqui – disse batendo no bolso – podemos perder a qualquer momento. E o que levamos aqui – disse enquanto levava o indicador à cabeça –, nunca perderemos. Levamos sempre conosco.
Sua lição me marcou muito e foi um dos princípios que procurei adotar ao longo da vida.